Quando o arquiteto especifica ou indica a utilização de estrutura metálica desde a concepção do ante-projeto, acaba tirando proveito máximo das características do material. Apropria-se dessas características, o que acaba norteando o partido arquitetônico também. Características como a inserção de malhas de eixos, vencimento de grandes vãos estruturais sem apoios intermediários, apoio de grandes cargas com vigas de reduzida altura. Podemos também tirar proveito estético do aço, deixando-o aparente ou o recobrindo.
Mas na prática, no projeto executivo e no canteiro de obras, surge a dúvida: como fazer? Como interligar elementos tão diferentes como aço e concreto? As respostas são mais simples do que possam parecer.
PILARES
Na maioria dos casos pilares em aço são especificados com perfis em formato I ou H ou ainda em tubos (quadrados, retangulares ou redondos). Uma das maneiras mais utilizadas é o que se chama de Pilar Misto. A idéia consiste na instalação do pilar metálico, colocação de formas ao redor dele, formando um retângulo, e posterior concretagem. No caso de pilares tubulares a fôrma faz-se desnecessária e a concretagem é feita na área vazia interior ao tubo.
O Pilar de aço acaba servindo como parte da armadura do Concreto Armado, fazendo a estrutura suportar mais cargas num espaço mais reduzido. Muitas vezes faz-se necessária armadura leve em vergalhões de aço, para evitar fissuras no concreto. Outra situação muito utilizada é o recobrimento do pilar de aço com placas de gesso acartonado, dando aparência de leveza a estruturas onde não se faz necessária a concretagem. Neste caso o interior fica oco e pode ser utilizado para passagem de instalações (elétricas, lógica, telefonia, segurança).
Outro aspecto a considerar é a proteção contra incêndios. O aço começa a perder sua resistência estrutural em temperaturas a partir de 600°C, e os incêndios facilmente atingem 1000°C ou mais.
Para proteger o aço estrutural há várias maneiras. Em pilares mistos faz-se a concretagem com uma cobertura mínima do aço, o que retarda bastante a ação dos incêndios, evitando um colapso estrutural. O gesso também funciona como retardador do fogo, evitando o contato direto do fogo com o aço. Uma terceira maneira muito utilizada é a projeção de argamassa retardadora de fogo diretamente sobre o aço. As tintas também ajudam nesta proteção, em especial as tintas intumescentes. Estas tintas ainda não são largamente utilizadas no país devido ao seu alto custo, porém são muito eficazes em sua proteção. À primeira vista, no canteiro, são tintas comuns, porém na situação de um incêndio eles reagem com o calor e aumentam de volume, deixando de ser películas finas de tinta e passando a parecer muito mais como espumas de PU (poli-uretano), ou seja, "estufam".
Perfis de aço pintados com Tinta Intumescente.
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